Colmar:

Primogênito, apaixonado pelos pais, de quem herdou a disciplina e com quem aprendeu o valor do trabalho.
Estudou em Teófilo Otoni, Belo Horizonte e Lavras onde conheceu Necésia, e com ela casou-se e viveu por 50 anos.

Líder nato, conservador, assumiu a administração das fazendas, ainda junto com o pai, enquanto os irmãos estudavam. Com a morte daquele, constituiu o condomínio “Colmar Laender & Outros” para o qual adotou, junto com os irmãos, quase sempre de forma pioneira, as técnicas modernas para o setor do agronegócio como: confinamentos, inseminação artificial, consorciação de gramíneas e leguminosas, com sementes ainda importadas, principalmente da Austrália.

Com grande consciência ambiental, reverteu como poucos, grande parte da renda das propriedades em adubação, calagem, preservação das reservas de matas e diversas outras técnicas da agrostologia ( Estudo das pastagens ) contemporânea, que garantem até hoje a sustentabilidade das fazendas. Em todos os anos o resultado sinérgico do seu trabalho com os irmãos contabilizou valores quantitativos e qualitativos, sempre positivos.

Experimentou, de maneira segura, expandir os negócios em Guanambi, no sudoeste da Bahia, com a pecuária de corte e o plantio de soja e algodão; em Itacarambi, no norte de Minas Gerais, com a pecuária de corte; em Santarém no rio Curuauna, no Pará, com a empresa de pecuária de corte “Só Boi” e, em Alta Floresta, no rio Apiacás, no norte do Mato Grosso, com o plantio de cacau.

Homem naturalmente bom, cauteloso, de temperamento forte e caráter inatacável, meu segundo pai, professor, espelho e orientador. Nas décadas de 1960 e 1970, acolheu-me em sua fazenda, como hóspede, amigo da família e menor aprendiz, e naquele ambiente, com seus ensinamentos, seus exemplos e sua vontade de me fazer grande, ao contrário de seguidor ou funcionário, pude perceber um significado que transcendia o labor, Aquela acolhida fez-me sentir que eu fazia parte de um objetivo maior que mera troca do suor pelo salário finito. E esses exemplos fincaram em mim o cerne do empreendedorismo, que levo para minha trajetória de vida. Por tudo isso sou eternamente grato.

Na década de 1980 o patrimônio foi dividido, de forma amigável, e cada irmão assumiu a administração do que lhe coube, e todos continuam cultuando o valor do trabalho, com o persistente combate à entropia, e o exercício do uso da boa técnica.

Hoje, em 2011, os irmãos Laender e seus familiares, contribuem para o PIB regional, com a produção superior a 10.000 litros de leite por dia, uma expressiva quantidade de arroubas de carne e um número considerável de matrizes de ótima genética que são vendidas para os demais criadores da região.

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