Depois de um longo período aguardando pelas vistorias das nossas instalações, solicitadas e protocoladas no IBAMA –BH nos dias 12 de maio de 1999 e 23 de junho de 1999 sem qualquer êxito.
Eis que, no final do corrente ano, nosso projeto foi repassado ao escritório regional de lavras, para análise e acompanhamento. Recebemos de pronto, em 04 de dezembro 2001, a primeira visita dos técnicos Dr. Jésus e Dr. Odin .
Considerando de grande importância e bom censo as orientações que recebemos destes técnicos, resolvemos solicitar a este Instituto, a substituição do projeto técnico original para este já atualizado que se adequa a nossa realidade e objetivo atual.
Belo Horizonte, 09 de dezembro de 2001.
Proprietário: ....................................................................
Jorge Nei Jamel Edim
Técnico Agropecuário
Responsável Técnico : ....................................................
Dr. Raynold Natali do Rosário
Médico Veterinário
CRMV – MG 3419
Belo Horizonte, 22 de fevereiro de 2002.
DE : Jorge Nei Jamel Edim
AO : IBAMA
Chefe do Escritório Regional Lavras / MG
ASSUNTO :
Senhores,
Ratificando nesta oportunidade, a nossa satisfação em função da atenção e profissionalismo demonstrado pelos profissionais deste escritório Regional de Lavras, estamos enviando-lhes o novo projeto técnico conforme solicitação do parecer técnico nº 002/2002.
Cientes do volume de trabalho para os senhores direcionado, ocasionado pela concentração dos projetos atrasados nos demais escritórios, agradecemos a presteza e reafirmamos o nosso propósito de tornar-mos ótimos parceiros deste Instituto na luta pela fauna silvestre brasileira.
Atenciosamente,
Jorge Nei Jamel Edim
PARECER 002/2002
SEXTA ALTERÇÃO – 22/02/2002
Proprietário : JORGE NEI JAMEL EDIM
Localização : Fazenda Ribeirão – ( Parte em perímetro urbano )
Rua Randolfo Amaral, 215 Desterro do melo MG
Categoria : Criadouro de espécimes da fauna silvestre Brasileira e exótica para fins comerciais - Pessoa Física.
Objetivo : Venda de animais vivos para dar início a novas criações, para o abate e de animais abatidos.
Espécie : AGOUTI PACA (paca)
Responsável : Dr. RAYNOLD NATALI DO ROSÁRIO
Médico Veterinário
CRMV – MG 3419
Ao serem capturados receberão os primeiros cuidados como; exame, vermifugação , complexo vitamínico nos primeiros 7 (sete) dias e outros tratamentos que se fizerem necessários pela avaliação do médico veterinário, pesagem, medição , marcação e preenchimento de ficha cadastral.
Nos primeiros dias ficarão em baias separadas por tela com porta equipadas com trancas de ambos os lados que permitirá uma retirada rápida dos animais agredidos, a separação por tela facilitará o início da adaptação dos animais que começarão a acostumar com o cheiro dos animais vizinhos.
Após os primeiros 15 dias, para uma maior aproximação, será usado uma jaula de ferro 1,20 X 1,20 X 0,70 na qual um dos animais ficará por curtos períodos dentro da baia dos seus futuros parceiros, este cuidado evitará possíveis danos físicos aos animais que têm hábitos solitários, o que os faz agressivos.
O convívio direto de 1 macho e 5 fêmeas em uma mesma baia, só será possível depois de uma perfeita aceitação entre os animais o que será comprovado através de observação constante do tratador.
Ao nascerem, receberão os primeiros cuidados como; exame, tratamento do umbigo e outros que se fizerem necessários conforme avaliação do médico veterinário, pesagem, medição, marcação e preenchimento de ficha cadastral.
Durante os primeiros 30 dias serão retirados da mãe, sendo que nos primeiros 15 dias, serão retirados da mãe ao anoitecer e nos outros 15 dias, ao amanhecer. Este manejo é necessário para iniciar o convívio com os demais filhotes da sua faixa etária ( trimestral ) evitando que adquira com os pais os hábitos naturais indesejáveis da espécie. Receberão carinho do tratador e aleitamento em mamadeira várias vezes por dia, começando assim, a acostumar também com o ser humano.
Na baia, será disponibilizado, uma plataforma de madeira de 50 cm X 50 cm com três laterais de 12 cm de altura e suspensa do piso 5 cm para que os filhotes se protejam do contato frio do cimento.
Ao anoitecer, serão devolvidos ao ninho materno, onde mamarão e dormirão.
Estes indivíduos serão pesados e medidos diariamente traçando assim o gráfico de desenvolvimento individual.
· * “Na minha opinião, pelo menos com as matrizes capturadas na natureza, deve-se evitar ao máximo tocar nos seus filhotes, nos primeiros 3 dias de vida. Para evitar a possibilidade da mãe os rejeitar,e até mesmo mata-los ou come-los. Depois de presensiarmos tais atitudes, preferimos e sugerimoa, não discutir os motivos e preservar a integridade das crias. A princípio, temos a impressão que o faro das pacas é muito agussado e algumas fêmeas mais intolerantes não aceitam cheiros estranhos por mais sutís que sejam”.
· * “Quanto ao contato dos filhotes com o cimento preferimos colocar uma boa camada de pó de serra no abrigo, substituindo o sugerido tablado”.
· * A maior dificuldade que encontramos para promover a convivência dos filhotes é saber qual é filho de quem, o que pode provocar a troca de filhotes que correrão sérios riscos perto das mães erradas. Por tanto não recomendamos esta técnica de socialização com filhotes ainda mamando, preferimos retardar o processo e começar a socialização com animais desmamados e em grupos permanentes. O que não nos impede de acariciar os filhotes apartir da primeira semana de vida, promovendo assim a interação com o ser humano, sem separá-los das mães.
Apartir do trigésimo dia de vida, o animal, não mais será levado para a mãe durante a noite e passará a ser pesado e medido uma vez por semana.
Ao atingirem 90 dias de idade, os machos serão selecionados para reprodutores pela característica de cada indivíduo no que diz respeito à sociabilidade, desenvolvimento físico e progenitores com parto duplo.
Nesta faixa etária, serão apartados os machos que não foram selecionados para reprodutor e as fêmeas com defeitos que as impeçam de permanecer no plantel, que formarão grupos de corte para serem vendidos a partir da desaceleração do ganho de peso ponderal.
Os demais, formarão grupos sociais de no mínimo 6 indivíduos, sendo um reprodutor para 5 matrizes (inicialmente), pois o objetivo é conseguir um convívio pacífico de um número de animais cada vez maior, reduzindo assim o custo de produção).
A - Implante de microchip com leitor eletrônico ou outro sistema que os técnicos do IBAMA indicarem.
OBS: Será informado ao IBAMA os números de todos os lotes de microchips adquiridos para este criadouro.
* “ Conforme Instrução Normativa nº 02 de 02 de março de 2001 que Instrui sobre a obrigatoriedade de Identificação individual de espécimes da fauna silvestre e determina que as pacas somente poderão ser marcadas através de transponder (microchip)”.
Área disponível - 4.000 m²
Planta baixa das instalações – Em anexo.
Espécie – Agouti Paca ( Paca )
Quantidade de animal por área - 1,50 m² p/ 1 animal.( inicialmente )
Quantidade de animais por baia : 10 animais
( construído com cimento, com 65 cm de largura, 140 cm de comprimento e 60 cm de altura, e com duas portas).
Construídas em alvenaria com 1 metro X 1 metro X 25 cm , acima do nível do piso, dotadas de um dreno de pvc que esgotará toda a água diretamente na valeta de drenagem que existe fora da baia.
· “As piscinas que são construídas em forma de quadrado com 1,00 mt. x 1,00 mt. raramente são usadas a não ser como bebedouros, sugerimos que sejam compridas com 0,30 mts de largura, 0,20 mts de profundidade e em formato de “L” e com uma laje de cimento ou pedra (Solta, para facilitar a higiene) sobre uma das extremidades, pois as curvas são como proteções que os livra do campo de visão dos perseguidores e a laje sobre a água funciona como uma toca o que é bem característico do seu habitat”.
Bebedouros automáticos (chupetas de metal ), alimentados com água tratada da copasa visando melhor assepsia e maior economia.
Aspecto sanitário dos animais – Terão assistência veterinária com visitas semanais e telefone de plantão 24 horas. ( Maiores detalhes já descritos na descrição técnica do manejo )
Aspecto sanitários das instalações – A construção será de alvenaria, telhas de amianto, tela de arame nº 12 galvanizado, portas de ferro, piso de cimento natiado, bebedouros de ferro e piscina com piso de cerâmica , todos com superfície de fácil limpeza para melhor acepsia e área coberta com tela para que os animais possam tomar banho de sol.
· * “Os raios solares devem ser evitados de todas as formas possíveis pois as PACAS não toleram sol, que as desidratam em poucas horas levando-as a morte em muito pouco tempo.
Semanalmente, as baias serão pulverizadas com biocid, cloro e formol diluídos em água numa solução a 10 % alternadamente, sendo que a cada três meses será feita uma caiação com cal virgem nas instalações.
Fontes hídricas
Bebedouros automáticos com água da copasa.
Piscinas com água captada e encanada de uma mina natural e límpida.
Destino dos excrementos – Todo excremento e águas resultantes de limpeza do paquil, serão recolhidos em um tanque de decantação com 2 X 2,80 X 0,6 metros , localizado exatamente em cima da tampa da fossa céptica, onde serão decantados os partículas sólidas, deixando escorrer para o interior da fossa céptica, apenas o líquido e materiais digeridos que boiam em forma de espuma, retardando assim o enchimento da fossa e permitindo o aproveitamento das partes sólidas como adubo a ser espalhado pelos pastos.
Filhotes - Leite de soja ( primeiro dia, de 30 a 45 cc, aumentando a quantidade dia a dia , sempre fornecendo todo o leite desejado).
Adultos – ( dieta diária ) 30 gramas de ração para coelhos ou ração para ratos, ( ambas serão testadas logo nos primeiros dias ) , 70 gramas de milho úmido com cálcio em pó, 400 gramas de (mandioca, banana, abóbora , batata doce ou frutas )e folhas amareladas.
Primeiro ano –
Plantel : 03 machos e 15 fêmeas capturadas ao longo do ano.
Crias : 02 machos e 04 fêmeas
Mortes : 1
23 ANIMAIS
- Estimativa arbitrária desde que não se sabe quantas gestantes serão capturadas, período de gestação de cada uma e tempo de socialização das demais fêmeas a ponto de manifestarem o cio.
Segundo ano –
Plantel : 05 machos e 18 fêmeas
Crias : 04 machos e 05 fêmeas
Mortes : 2
30 ANIMAIS
- Determinou-se o plantel somando-se o número de machos capturados com o número de machos nascidos no criadouro e somando-se o número de fêmeas capturadas com o número de fêmeas nascidas no criadouro menos as mortes.
- Estimativa arbitrária de partos desde que não se sabe o tempo de sociabilização das fêmeas a ponto de manifestarem o cio.
- Consideramos uma perda de 6 % ( mortes ).
Terceiro ano –
Plantel : 08 machos e 22 fêmeas
Crias : 07 machos e 08 fêmeas
Mortes : 03
Venda : 05 machos e 7 femeas
30 ANIMAIS
- Determinou-se o plantel somando-se o número de machos existentes no ano anterior com o número de machos nascidos no criadouro menos 01 morte, e somando-se o número de fêmeas existentes no ano anterior com o número de femeas nascidas no criadouro menos 2 mortes, menos as vendas
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Quarto ano –
Plantel : 09 machos e 21 fêmeas
Crias 9 machos e 10 fêmeas
Mortes : 4
Venda : 12 machos e 03 fêmeas
30 ANIMAIS
- Determinou-se o plantel somando-se o número de machos existentes no ano anterior com o número de machos nascidos no criadouro menos 02 morte, e somando-se o número de fêmeas existentes no ano anterior com o número de femeas nascidas no criadouro menos 2 mortes, menos as vendas
Quinto ano –
Plantel : 04 machos e 26 fêmeas
Crias : 10 machos e 20 fêmeas
Mortes : 6
Venda : 06 machos e 18 fêmeas
30 ANIMAIS
- Determinou-se o plantel somando-se o número de machos existentes no ano anterior com o número de machos nascidos no criadouro menos 01 morte, e somando-se o número de fêmeas existentes no ano anterior com o número de fêmeas nascidas no criadouro menos 2 mortes, menos as vendas
No segundo e terceiro ano, 65 % das vendas serão de animais para novos criadores, que desejam adquirir animais mansos, época em que a produção é pequena, porém o preço de reprodutores e matrizes, supera em muito o preço de animais para corte .
Neste período, será feito um trabalho de divulgação do produto em lojas de animais vivos e abatedores nas regiões de Barbacena, Juiz de Fora e Belo Horizonte, onde serão colocado os 35 %.
Apartir do quarto ano, o mercado de animais para abate superará o de animais para criar exigindo um marketing mais atuante e agressivo devido ao maior número de animais produzidos.
Os animais serão comercializados vivos conforme portaria específica.
Comercialização de animais vivos:
Os animais vivos serão comercializados para outros criadouros, jardins zoológicos e por pessoas jurídicas (comerciantes ) devidamente registrados junto ao IBAMA.
Será mantido um cadastro atualizado dos compradores e das compras de cada um. Com os seguintes dados: Nome, endereço, telefone, E-mail, fax, profissão, endereço do animal adquirido, espécie, idade, árvore genealógica, sexo, peso, preço, número.
Será enviado ao IBAMA, semestralmente, a quantidade de animais comercializados por espécie, sexo, idade, marca e destino, além do cadastro dos seus compradores.
Ficará sempre disponível as cópias ou segundas vias das notas fiscais para possível fiscalização do IBAMA ou demais órgãos públicos.
Processo a ser utilizado: Caça com armadilhas e redes de algodão nos vales do rio Doce e do rio Mucuri em Minas Gerais
Característica das armadilhas : Serão utilizados redes com malha de algodão e ratoeiras próprias para captura destes roedores. Será colocado no carreiro, um túnel de madeira que permanecerá no local até que os animais acostumem com o mesmo, para tanto será colocado alimentos durante vários dias para que se faça uma perfeita seva. Estando os animais acostumados a passarem por dentro do túnel, considerando-o como parte do carreiro, será observado o momento em que os animais abandonem a toca para a caça noturna, quando será colocado no túnel pelo lado da toca, uma rede tecida com algodão e em seguida atacaremos os animais no seu território de alimentação para que, ao buscarem rapidamente o refugio da toca ficarão enredados, ou ao caírem ná água serão pegos com redes de algodão e puçás també de algodão donde serão retirados o mais rápido e cuidadosamente possível.
O transporte até o criadouro será feito em caixas de madeira com pequenos orifícios que permitam uma perfeita respiração e que poupem ao máximo o estress já inevitável dos animais.
Pé direito = 2,2 mts
Telhado = 2,4 mts de telha de amianto e o restante coberto com tela permitindo que os animais tomem sol, o que não impede de diminuir a incidência de raios solares nos meses mais quentes, através de sombrite colocados sobre a tela de arame.
Beiral = 0,50 mts
Dreno com grade de ferro = 0,12 X 0,12
Parede de cimento com 1,5 metros de altura seguida de tela ( 5 cm em fio 12).
Piscinas = 1,0 X 1,0 X 0,25 mts. Acima do nível do piso.
Bebedouros = Automáticos tipo chupeta de metal, visando melhor acepsia e maior economia.
Portas = 0,80 X 1,5 mts. ( 1,5 metro de chapa de ferro )
Caixa ninho móvel = 0,65 X 1,40 X 0,60 mts (duas entradas ) construída com lages de concreto.
Àrea = Cada baia mede 13,2 mts ²
Total de baias = Inicialmente, contamos com 03 baias 100 % prontas.
Baias:
Detalhe da tela de arame número 12 com malha de 1 ½” com 50 cm acima das paredes e com 2,40 mts no teto até encontrar com o telhado.
Portões de ferro com ferrolho por dentro e por fora.
Área com 3.000 m² empastada com brachiara decumbens (irrigada ) cercada com parede de 50 cm de altura seguida tela identica à das baias com 1,50 metros de altura para um possível pastoreio dos grupos de animais já sociabilizados.
Piscina e bebedouro automático:
Piscina com 1 X 1 X 0,25 mts com 0,30 cm de distancia da parede o que propicia um certo esconderijo dos animais de hábitos conhecidamente arredios.
Bebedouro automático de metal a 25 cm da porta e 25 cm de altura.
Tomada de dentro da baia para fora com a porta aberta mostrando o capim brachiara e a mangueira de água pressurizada para a limpeza da área interna e externa.
Refúgio:
Réfugio de placas de cimento com duas entradas para atender o instinto dos animais
Tomada da porta para o fundo mostrando as telas de arame entre as paredes e o telhado.
Parecer técnico favorável:
Categories:
Agropecuaria,
Animais Silvestres