----------------
Há
determinadas mensagens que, de tão interessante, não precisam nem sequer de
comentários. Como esta que recebi recentemente:
Li em
uma revista um artigo no qual jovens executivos davam receitas simples e
práticas para qualquer um ficar rico. Aprendi, por exemplo, que se
tivesse simplesmente deixado de tomar um cafezinho por dia, nos últimos
quarenta anos, teria economizado 30 mil reais.
Se
tivesse deixado de comer uma pizza por mês, 12 mil reais. E assim por
diante. Impressionado, peguei um papel e comecei a fazer contas. Para
minha surpresa, descobri que hoje poderia estar milionário. Bastaria não
ter tomado as caipirinhas que tomei, não ter feito muitas viagens que fiz, não
ter comprado algumas das roupas caras que comprei.
Principalmente,
não ter desperdiçado meu dinheiro em itens supérfluos e
descartáveis. Ao concluir os cálculos, percebi que hoje poderia ter quase
500 mil reais na minha conta bancária. É claro que não tenho este
dinheiro. Mas, se tivesse, sabe o que este dinheiro me permitiria
fazer? Viajar, comprar roupas caras, me esbaldar em itens
supérfluos e descartáveis, comer todas as pizzas que quisesse e tomar
cafezinhos à vontade.
Por
isso, me sinto muito feliz
em ser pobre. Gastei meu dinheiro por prazer e com prazer. E recomendo aos jovens e brilhantes executivos que façam a
mesma coisa que fiz. Caso contrário, chegarão aos 61 anos com uma montanha
de dinheiro, mas sem ter
vivido a vida.
“ Não eduque seu filho para ser rico, eduque-o para ser feliz. Assim ele saberá o VALOR das coisas e não o seu PREÇO ”
? ? ? ? ?
? ?
Meus comentários:
No
título do artigo, "Viver ou juntar dinheiro", o renomado consultor, coloca em lados opostos, a arte de
viver bem e a capacidade de se criar riquezas. E no meu entendimento, estamos falando de coisas interdependentes, na medida que a qualidade de vida depende do equilíbrio entre trabalho, economia e prazer.
Quanto ao texto a ele enviado, talvez, dado às nossas diferenças de valores, não vejo motivos para criticar os jovens que defendem e difundem a educação financeira recomendando o auto controle e o não desperdício de dinheiro.
Quanto ao texto a ele enviado, talvez, dado às nossas diferenças de valores, não vejo motivos para criticar os jovens que defendem e difundem a educação financeira recomendando o auto controle e o não desperdício de dinheiro.
Desde
quando as pessoas financeiramente educadas e bem sucedidas não viajam! Não tomam
drinks! Não utilizam das tecnologias disponíveis! Não comem pizzas! E essas pessoas também não
desfrutam de conforto? O que essas pessoas sistematicamente não fazem é desperdiçar dinheiro, esbaldar em itens supérfluos e descartáveis, sentir felicidade em ser pobre e muito
menos, recomendar tais coisas aos jovens.
Ah! Como eu queria que a vida fosse menos complexa e mais previsível. Como eu queria ter certeza de ser respeitado na minha terceira idade. Como eu queria que a saúde pública do meu país beirasse a do primeiro mundo. Como eu queria ter garantida a minha independência e dignidade diante das adversidades como um AVC. Ah! Como eu queria...
Celebro pois, o equilíbrio, como virtude capaz de nos proporcionar os prazeres possíveis a cada fase da vida, principalmente quando deparamos com fortes limitações para prover nosso sustento.
E quanto à afirmação; “ Não eduque seu filho para ser rico, eduque-o para ser feliz. Assim ele saberá o VALOR das coisas e não o seu PREÇO. ”, critico com a seguinte indagação; Porque não educar nossos filhos para serem pessoas ricas e felizes, que saibam valorizar as coisas independente do preço?
Para
vivenciar o bem estar, devemos contribuir com a fartura universal, através
do trabalho e da educação financeira que nos permite aumentar os ganhos, controlar as
dívidas, manter reservas estratégicas e planejar disciplinadamente todos os
nossos objetivos e desejos.
“Cidadania
econômica não garante felicidade a ninguém, mas, com certeza, evita
sofrimento”. (Rosa Maria de Sousa Santos)
É como penso...