Para se construir um patrimônio, principalmente começando do nada, é necessário saber, querer e gostar de não gastar dinheiro com supérfluo. Além de querer, saber e gostar de aplicar todo dinheiro que sobra, depois das despesas necessárias para uma vida digna e coerente com a renda atual.

Para viver comprando tudo que “acha” que tem direito,  sem considerar o valor das suas receitas,  é necessário patrimônio e/ou crédito. Como dinheiro não aceita abuso, a vida boa, em que o perdulário é só poder, só sorrisos e bajulações, está fadada a se transformar em um verdadeiro pesadelo, em que os protagonistas viverão com depressão psíquica, social e financeira, abandonados pelos ex-amigos e em companhia da vergonha, da insônia, do stress e dos cobradores,  que somados, minimizarão a capacidade de análise e de tomada de decisão  o que dificulta a retomada de uma vida normal.

Já que é matematicamente impossível viver gastando mais do que se ganha, sem adentrar no abismo financeiro, claro está que, você terá que enfrentar restrições drásticas depois que perder seu patrimônio e seu crédito.

Então, inspirado no meu amigo vaqueiro, João de Roque, que sempre me dizia: “Ruummm, meu causo eu penso é inhantes”,  chamo a atenção para a importância de ponderar as restrições agora, e viver com uma pitada saudável de humildade mantendo o patrimônio, o crédito, o respeito, a dignidade e o grande objetivo de desenvolvimento pessoal gradativo, que é o direito sagrado de todos que têm a mentalidade da fartura, e por tanto sabem da abundância de tudo para todos, a seu tempo.

Vejamos algumas dicas para os que preocupam com o equilíbrio financeiro:

a – Caso tenham dívidas, negocie, pechinche, troque um credor por outro com taxas mais em conta.

b – Sejam detalhistas em relação aos seus gastos pessoais, saibam onde cada centavo está investido. O respeito à unidade monetária é que te norteará na direção da sua liberdade financeira. 
Não esqueçam que 2 + 1 + ½  = 1.000

c – Sempre que compramos algo, atendemos às nossas necessidades,  aos nossos desejos incontroláveis ou às pressões competentes da propaganda. Para evitar os pecados financeiros, sempre que forem comprar alguma coisa utilizem o algoritmo do consumidor que indaga :

Você precisa?    Se a resposta sincera for NÃO, não compre.

Senão, pergunte-se:

Tenho o dinheiro?    Se a resposta sincera for NÃO, não compre.

Senão; pergunte-se:

E tem que ser agora?  Se a resposta sincera for NÃO, não compre

Senão PECHINCHE.

Obs: Se em todas as compras conseguirmos um desconto, no final do mês teremos angariado um salário!..

d – Lembrem-se que as dívidas de hoje, provavelmente serão as hipotecas de amanhã.

e - Assumam a responsabilidade de terem um fundo de  reserva para os momentos difíceis, aos quais, todos estão sujeitos. A poupança é o melhor destino dos pequenos valores, quase sempre desprezados. E na medida em que se acumula, deve migrar para aplicações mais rentáveis, sempre respeitando os níveis de riscos, e nas oportunidades do mercado devem ser transformada em bens de raiz que nos proporcionam além de segurança, alguma renda.


f – Sejam pragmáticos, os práticos percebem os diferentes significados de “valor”. Por exemplo: Um carro é referência de status, mas antes, é um meio de transporte. P´ra que comprar um veículo de valor acima da sua condição sócio-econômica? Você se deslocará com conforto, num carro que não te trará sacrifícios financeiros.

g – Sejam autoconfiantes, vivam toda a liberdade financeira sem as obrigações dos prisioneiros da opinião alheia. A personalidade não é forjada por posses, portanto não comprem as coisas para se sentirem “iguais” a determinadas pessoas. O que define o ponto de equilíbrio entre status e qualidade de vida é a segurança e não a aparência duvidosa de enriquecimento. Apliquem o que sobra e o dinheiro que iria para exibições, passa a trabalhar para vocês.

h – Repudiem o consumismo compulsivo, estejam sempre certos que 90% dos objetos adquiridos por estes dependentes, não são usados.

i – Sejam pacientes, esperem acumular o dinheiro necessário para uma determinada compra. Enquanto isto, conscientizem-se da necessidade e pesquisem sobre a qualidade e valor, buscando o melhor custo benefício. Sempre, quem tem pressa, come cru e paga juros.

j – Saibam conviver com os cartões de créditos, aproveitem os seus benefícios e praticidades, mas estejam atentos às suas armadilhas. Anotem cada compra, como se fossem pagas com dinheiro, ganhem o rendimento referente ao prazo e nunca deixem de pagar o valor total da fatura no vencimento da mesma. O preço do parcelamento é altíssimo.

k - Atentem para os obsessores vivos, pessoas aparentemente indefesas e carentes, com algum vínculo afetivo e até profissional que fazem com que vocês se sintam responsáveis pelas suas necessidades e até sobrevivência, passando a viver como verdadeiros parasitas. Tais encostos, via de regra, indiferentes às dificuldades dos provedores, aumentam as lamentações e as necessidades passando, às vezes, a gastar mais que os próprios obsediados.


                                          É como penso e faço...  
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